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                   CARLOS CAMPOS VÁSQUEZ 
                  ( Cajamarca – Perú ) 
                    
                  Nació  en Chota en 1965, 
                    pertenece a grupo WAYRAK. 
  Producción literaria:  
  De lo más profundo (1985); Demasiadas Culpas para un Jardín (1986); Desterrados de la Tarde (1986); Recogiendo el rastro del Quetzal (1988); Las ausencias de caracol (1991); Vas a visitar la luz (1994). 
                    
                  TEXTOS EN ESPAÑOL  -    TEXTOS EM PORTUGUÊS  
                    
                  
                  CAJAMARCA, CAMINOS DE POESÍA.  Compilación y edición:  Socorro Barrantes Zurita.  Foto carátula:  Victor Campos Ríos.  Cajamarca,  Perú:  APECAJ – Municipalidad Provincial  de Cajamarca, 2006.   302 p.   21 x 29 cm.               Ex. bibl. Antonio Miranda 
                    
                  HISTORIA DE UN HOMBRE SIN HISTORIA  (fragmento) 
                     
                    Cacique  gitano de la soledad 
                      Un pardiosero de su decadencia. 
   
                      Nació entre floripondios errantes. 
                      Hijo de vientos verticais 
                      que pastavam os relevos de seu poderio. 
   
                      Comerciantes de mazorcas gemelas 
                      de cal / ciegas linternas. 
   
                      Un día miró el horizonte en concierto  
                      desde entonces arrastro la arcilla de su piel. 
   
                      Una comarca de flores exiliadas 
                      habitaban su extraña memoria. 
   
                      Codornices sostenidas 
                      Humaredas estalantes 
                      Zodiacos tristes 
                      Dos morenas alta extraviadas 
                      Una blanca agrietada 
                      Musgosas humedades jadeantes 
                      Alisos trepadores 
                      Viajes en escombros 
                      Ríos alucinantes 
                      Monedas sus historias que compraba.  
   
                      Una zanja en su frente advertia el suicidio 
                      vago estallido  que naufragaba 
                      en las playas de sus respiración. 
   
                      Este hombre sin historia 
                      adió la paz y asesinó la guerra. 
  "La paz me empalidece" 
  "La guerra me oscurece". 
   
                      Vagabundos sus ojos no supieron de huídas 
                      Su tiempo danzante no tuvo dueño 
                      andando los parapeitos del cansancio y del azar. 
   
                      Ser la negación de la negación 
                      fue su irreverencia.  
   
                      Nunca supimos de dónde vino ni por qué se fue 
                      sin nombre / sin bautizo 
                      sin apariencia / con una colmena de siemprevivas en el pecho. 
   
                      Secaba sus limites en las aguas de la Cangana. 
                      Dueño del aire / los caminos 
                      los halcones / las brumas del futuro. 
   
                      Sus sílabas se esparcieron por los vientos de Montán. 
   
                      Vagaba entre las islas que ahogaban su inspiración 
   
                      Recetaba yedras nocturnas. 
                      Alumbre desvanecido. 
                      Grutas alejándose del tiempo. 
   
                      Un baño al morir la noche 
                      Para una nostalgia duradera y distante. 
                    
                    
                  TEXTOS EM PORTUGUÊS 
                    Tradução: ANTONIO  MIRANDA 
                     
                  HISTÓRIA DE UM HOMEM SEM HISTÓRIA  (fragmento) 
                     
                      Cacique  cigano da solidão 
                        Um mendigo de sua decadência. 
   
                        Nasceu entre floripondios* errantes. 
                        Filho de ventos verticais 
                        que pastvam os relevos de seu poderio. 
   
                        Comerciantes de espigas gêmeas 
                        de cal / cegas lanternas. 
   
                        Um dia observou o horizonte em concerto  
                        desde então arrancou a argila de sua pele. 
   
                        Uma comarca de flores exiladas 
                        habitavam sua estranha memória. 
   
                        Codornas sustentadas 
                        Fumaça estalantes 
                        Zodíacos tristes 
                        Duas morenas altas extraviadas 
                        Uma branca rachada 
                        Musgosas umidades arfantes 
                        Alísios trepadores 
                        Viagens em escombros 
                        Rios alucinantes 
                        Moedas suas histórias que comprava.  
   
                        Uma trincheira diante de si advertia o suicídio 
                        vago barulho que naufragava 
                        nas praias de sua respiração. 
   
                        Este homem sem história 
                        adiou a paz e assassinou a guerra. 
  "A paz me empalidece" 
  "A guerra me escurece". 
   
                        Vagabundos seus olhos não sabiam de fugas 
                        Seu tempo dançante não tinha dono 
                        andando os parapeitos do cansaço e do azar. 
   
                        Ser a  negação da negação 
                        era sua irreverência.  
   
                        Nunca soubemos de onde veio nem  por quê  se foi 
                        sem nome / sem batismo 
                        sem aparência / com uma colmeia de sempre-vivas no peito. 
   
                        Secava seus limites nas águas da Cangana. 
                        Dono do ar / os caminhos 
                        os balcões / as brumas do futuro. 
   
                        Suas sílabas se espalharam pelos ventos de Montán. 
   
                        Vagava entre as ilhas que afogavam sua inspiração 
   
                        Receitava heras noturnas. 
                        Iluminar desvanecido. 
                        Grutas afastando-se do tempo. 
   
                        Um banho ao morrer a noite 
                        Para uma nostalgia duradoura e distante. 
                    
                  *árvores peruanas.  
                    
                  * 
                   
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                  Página publicada em maio de 2022 
                
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